No último sábado, Picada Café foi palco de um importante momento de valorização da memória e da preservação da história. O escritor e historiador Waldemar Richter esteve no município para o lançamento da coleção Nie Gedacht, obra que resgata e documenta a trajetória dos descendentes de imigrantes alemães pioneiros na ocupação do Vale do Taquari e de diversas outras regiões de colonização alemã no Rio Grande do Sul.

Resultado de décadas de pesquisa genealógica e histórica, a coleção — composta por 52 volumes — traça não apenas a origem e o desenvolvimento de centenas de famílias, mas também oferece um panorama detalhado da formação dos municípios construídos por esses imigrantes. Entre as localidades representadas estão cidades como São Sebastião do Caí, São Leopoldo, Picada Café e Nova Petrópolis, entre outras.

Durante sua apresentação, Waldemar Richter contextualizou os antecedentes históricos que motivaram a vinda dos alemães para o Rio Grande do Sul no século XIX, destacando os desafios e as motivações que impulsionaram essa migração. O historiador também compartilhou os bastidores da extensa pesquisa que culminou na publicação da coleção, reforçando a importância de manter viva a memória dos anteados.

O evento, realizado no Espaço Sicredi Picada Café, contou com a presença de autoridades locais, como Patrícia Hansen, representando a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, a vereadora Carina Adams e Jorge Câmara, responsável pela abertura do encontro e intermediação com o escritor. Após a explanação, os participantes tiveram a oportunidade de adquirir os livros e interagir em um momento de integração e troca de experiências.

Como um legado para as futuras gerações, a Biblioteca Pública de Picada Café também ou a contar com a coleção em seu acervo. As obras estarão disponíveis para consulta, oferecendo à comunidade e aos pesquisadores uma valiosa fonte sobre a história da imigração alemã e a construção da identidade local.

Ao reunir e compartilhar essas histórias, o trabalho de Waldemar Richter reafirma que preservar o ado é essencial para compreender o presente e construir o futuro, mantendo viva a memória dos que, com coragem e determinação, ajudaram a construir a história do Rio Grande do Sul.